REFLETIDO E PONDERADO

        

 

Conhecida pela óbvia e natural maestria na arte das emboscadas, a jaguatirica decidiu testar a si mesma para deleite próprio e fez de uma lebrezinha sua próxima vítima, ela seria uma presa perfeita com todos os predicados de um alvo quase ideal: ingênua, débil, desatenta etc. A noite, como de praxe, foi o momento escolhido para fazer tal caça, pois as lebres dormem nesse período. O felino caminhou ao ninho do roedor. Havia pouquíssima luz, ainda assim, avançou, pensando que sua preia “fácil”cochilava profundamente. Ledo engano! Ninguém estava lá. Pior! A jaguatirica terminou sendo apanhada por uma rede de cordas! Eis que surge diante dela, a lebre. Quando avistada pela sua outrora vítima, a jaguatirica diz esperneando: - De que modo tramaste essa arapuca, ou melhor, como eu pude cair nela? - Simples. O talento não vence sem a estratégia, responde a lebre mediante sagacidade triunfante.

 

 

Há desconhecimento popular acerca das raízes históricas dos dias semanais, às vezes considerados como sendo mais outro item do tradicional calendário gregoriano, no qual é sistematizado o tempo cronológico da história ocidental. Cabe pensar, por exemplo, a sexta-feira cujo nome tem raiz etimológica na expressão latina Dies Veneris (Dia de Vênus, deusa romana do amor), dia no qual existem fortes simbolismos de  manifestações culturais, antropologicamente notáveis. Trata-se do quinto dia semanal, geralmente o último considerado útil , em que funcionários trabalham, empregadores pagam salários, colegiais estudam, entre outras responsabilidades corriqueiras são cumpridas, curiosamente, ele acumula percepções tanto negativas quanto positivas quando fica associado ao número treze representando crendices perturbadoras que ultrapassaram séculos e permaneceram vivas na imaginação coletiva mundial. Já se tornou notório o famigerado azar enorme que as tais sextas-feiras treze supostamente traze